Os Governos de Luanda e de Washington concordaram em continuar a
fortalecer a sua cooperação bilateral particularmente na luta “anticorrupção de
Angola, aumentar a responsabilização por violações e abusos dos direitos
humanos, promover a governação democrática e apoiar a protecção dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais, incluindo os direitos de reunião
pacífica e liberdade de expressão, associação e religião ou crença”.
Este compromisso foi reiterado no terceiro Diálogo Bilateral
sobre Direitos Humanos a 1 de dezembro e tornado público no dia 10, Dia
Internacional dos Direitos Humanos, em que participaram, do lado angolano, o
ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a secretária de Estado e dos
Direitos Humanos e Cidadania, Ana Januário, e o embaixador em Washington,
Joaquim do Espírito Sant, e, do lado americano, o secretário de Estado adjunto
do Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Scott Busby,secretário de
Estado Adjunto Adjunto do Bureau de Assuntos Africanos, Matthew Harrington e a
embaixadora em Luanda, Nina Maria Fite.
O ministro Francisco Queiroz falou do “novo ciclo político,
inaugurado pelo Presidente João Lourenço em 2017”, que, segundo ele, “trouxe
garantias de que os direitos humanos receberiam maior atenção”.
Ele reconheceu, no entanto, que “os desafios permanecem” e
destacou que os direitos humanos são “uma questão de segurança nacional, com
supervisão fornecida por organizações da sociedade civil em todo o país”.
Por seu lado, o representante do Governo dos Estados Unidos
Scott Busby congratulou-se com “o progresso significativo que o Governo de
Angola tem feito nos seus esforços para combater a corrupção, incluindo
investigações e processos contra funcionários do Governo actual e anteriores”,
destacando também o novo código penal que aumentou as penas para funcionários
corruptos.
Busby ainda colocou ênfase na importância das primeiras eleições
autárquicas “que são uma oportunidade para Angola demonstrar o seu empenho na
expansão da governação democrática” e afirmou que “um processo de planificação
transparente” é determinante para o sucesso desse processo".
O
secretário de Estado adjunto do Bureau de Democracia, Direitos Humanos e
Trabalho rematou que “desenvolvimentos positivos contínuos no apoio aos
direitos humanos e à governação democrática podem ter benefícios duradouros
para o povo angolano e fortalecer o papel de Angola como líder regional”.

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